17.12.06

Natalidade do Natal

É pacífico dizer que as origens da celebração do Natal são anteriores ao nascimento de Cristo. Um pouco por todo o mundo antigo, praticavam-se rituais pagãos ligados ao Solstício de Inverno, que mais tarde se fundiram com com a doutrina cristã da Natividade (= Natal).

Não será tão pacifica a aceitação da data 25 de Dezembro, como aquela em que Cristo teria nascido - mas é aceite que se convencionou ser essa a data, desde tempos remotos, ligada mais uma vez ao Solstício de Inverno. O nascimento de um Deus no mesmo dia em que se celebrava o Natalis Sol Invictus (qualquer coisa como "o dia do nascimento do Sol imperecivel") não era de desprezar; apenas resta dizer, que dada a diferença entre o Calendário Gregoriano e o Calendário Juliano, a data assinala-se a 7 de Janeiro nos países de tradição Ortodoxa.

Saturnália

A herança Romana deixou-nos outras semelhanças entre a festa Cristã e as folganças pagãs da Saturnália, um período de festejos, pequenas prendas e comes e bebes, que invariavelmente e à boa maneira Romana, acabava em excessos – ou não fosse este uma ocasião de excepção à regra e que coincidia com esta quadra, tendo início a 17 de Dezembro.

O Madeiro ou Tronco de Natal

De origem Nórdica, também relacionado com as celebrações de Inverno, o uso do Madeiro a arder durante a quadra natalícia ainda persiste em alguns pontos de Portugal.

Já as Fogueiras de Ano Novo parecem ter dado lugar aos Fogos de Artificio, que se tornaram verdadeiras atracções turísticas, no país e no estrangeiro.

Outras transições, de origem pagã, têm ocorrido nos tempos modernos, por influência Britânica e Americana.

Esta “secularização” das celebrações natalícias, conduziu à aceitação praticamente universal da festa, encarnada na figura do Pai Natal, nas arvores decoradas, e nas iluminações.

Festas Felizes!

1.12.06

Portugal Restaurado

O 1º de Dezembro do ano de 1640, foi também o primeiro dia de uma longa campanha política e militar, que durou 28 anos (1640-1668), travada não só em Portugal, mas um pouco por todo o extenso Império Português, da Ásia ao Brasil. Este dia, à 366 anos, foi também o culminar de 6 décadas de domínio espanhol - uma das fases mais sombrias da hístoria nacional - que no entanto não foi suficiente para quebrar o espirito lusitano... Portugal foi restaurado como Reino independente, por um grupo de nobres que ficou conhecido como "Os Conjurados". Estes homens, reunidos a uma seia, que remete para outra mais célebre, estavam dispostos a fazer dela a sua última, naquele último dia de Novembro - caso a revolta falhasse, nesse primeiro de Dezembro. Mas não falhou.

4.11.06

Unfortunate Series of Events, one November in 1755

Na voragem do terramoto de 1755 desapareceram cinquenta e cinco palácios, mais de cinquenta conventos, a Biblioteca Real, com 70 mil volumes e centenas de obras de arte, existente dentro do Palácio Real, que se situava na margem do Tejo, onde hoje existe o Terreiro do Paço.
Várias construções que sofreram poucos danos pelo terramoto foram destruídas pelo fogo que se seguiu ao abalo sísmico e ao tsunami.
O precioso Arquivo Real com documentos relativos à exploração oceânica incluindo registos históricos das viagens de Vasco da Gama e Cristóvão Colón foram perdidos, assim como outros documentos antigos também foram perdidos. O terramoto destruiu ainda as maiores igrejas de Lisboa, especialmente a Catedral de Santa Maria, e as Basílicas de São Paulo, Santa Catarina, São Vicente de Fora, e a da Misericórdia. As ruínas do Convento do Carmo ainda hoje podem ser visitadas no centro da cidade. O túmulo de Nuno Álvares Pereira, nesse convento, perdeu-se também. O hospital Real de Todos os Santos foi consumido pelos fogos e centenas de pacientes morreram queimados. Incontáveis construções foram arrasadas, especialmente em Lisboa e no Algarve (incluindo muitos exemplares da arquitectura do período Manuelino em Portugal).

25.9.06

Under the Spotlight

Brevemente a ser lançado, livro que promete provar que Cólon (Colombo está errado), era um nobre Português. For more information and evidence that proves that Cólon, the Founder of America (wrongly called Colombus) was a Portuguese spy on a mission in Spain, click the title of this post.

24.9.06

D. Manuel II, O Exilado (UK)

Legendado em Português.

“O REINADO DE D. MANUEL II TEVE INÍCIO EM 1908 E DUROU APENAS DOIS ANOS E MEIO. O SEU EXÍLIO VOLUNTÁRIO COMEÇOU EM WOOD NORTON, PERTO DE EVERSHAM, ANTES DE SE TER MUDADO PARA A PROPRIEDADE DE FULWELL PARK. UM PAROQUIANO DA IGREJA DE ST. JAMES DESCREVEU-O COMO “UM REI E HOMEM SÉRIO”, CUJA ESPOSA, AUGUSTA, COSTUMAVA “CHORAR NO SEU LUGAR, DURANTE A CERIMÓNIA”.

23.9.06

As Armas e os Barões da Ocidental Praia Renascentista

Monarchia

Génesis

"Todos nós temos um pai e uma mãe, quatro avós, oito bisavós, dezesseis tataravôs e assim por diante. Se você chegar por exemplo ao ano de 1349, vai chegar a um número bem grande. Então veio a peste. A morte rondava os povoados, um a um, e as crianças eram suas maiores vítimas. Em algumas famílias morreram todas as crianças; em outras, uma ou duas conseguiram sobreviver. Naquela época, muitas centenas de seus antepassados eram crianças. E nenhum deles morreu. Como se sabe com certeza disto? Simples: só o fato de estar lendo isso agora, prova isto. Pois se apenas um de seus antepassados tivesse morrido criança, ele ou ela não poderia ter sido seu antepassado. A probabilidade de nenhum de nossos antepassados ter morrido ainda criança era uma para muitos biliões. Pois não é só a peste que conta. Todos os nossos antepassados cresceram e tiveram filhos em épocas que foram palco das mais terríveis catástrofes naturais, e que, além do mais, possuíam índices assustadores de mortalidade infantil. Assim, por algumas centenas de biliões de vezes, estivemos a um milímetro da morte. Nossa vida foi ameaçada por insectos e animais selvagens, meteoros e raios, doenças e guerras, enchentes e incêndios, envenenamentos e tentativas de assassinato. Só na Guerra dos Trinta Anos você deve ter se ferido muitas centenas de vezes, pois você deve ter tido antepassados em ambos os lados. No fundo, travamos uma guerra contra nós mesmos e contra nossas possibilidades de nascer três séculos mais tarde. E o mesmo vale para outras guerras. Toda vez que uma seta cortou os ares sibilando, as chances de você nascer foram reduzidas ao mínimo. É uma única e longa cadeia de acasos. E esta cadeia pode ser acompanhada até chegarmos a primeira célula viva que se dividiu e deu o pontapé inicial para tudo que cresce hoje em dia no planeta. A probabilidade de que a minha cadeia não se interrompeu em algum ponto do passado ao longo de três ou quatro biliões de anos é tão pequena que quase não é possível imaginá-la. Mas eu consegui chegar até aqui. Eu sei que sorte eu tive para poder desfrutar deste planeta. E quem não teve esta sorte? Eles simplesmente não existem. Nunca nasceram. A vida é uma lotaria gigante, da qual só se vêem os ganhadores. Súbito me senti infinitamente triste por todos nós, seres humanos, que acabamos nos acostumando com uma coisa tão incrível, tão imperscrutável como a vida. Um belo dia acabamos achando evidente o fato de existirmos e então......bem, só então voltamos a pensar que um dia teremos de deixar este mundo." "O Dia do Coringa", de Jostein Gaardner.