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23.12.07

A História, Essa Mal Amada

Não será muito comum ver pessoas num café a discutir o teorema de pitágoras ou outros temas da matemática, da física ou da biologia. Mas já sobre a História, toda a gente tem opinião e pensa saber algo. O passado é discutido como se toda gente tivesse estado lá. Acontece que mesmo entre quem de facto esteve lá, as versões divergem. Com excepção da Religião e do Futebol, não deve haver outra matéria tão discutida sem alicerces de conhecimento. Mas sempre será melhor do que ser igonrada, incompreendida ou apenas desprezada...

Muitas pessoas estão absolutamente desinformadas sobre a história de Portugal e misturam factos e lendas ou confundem e trocam parte dos dados. Mas quando, de forma pedagógica, se tenta corrigir os equívocos, as pessoas não aceitam que possam estar erradas.

Ainda há pouco tempo, alguém que tinha uma certeza inabalável numa inconsistência, até foi consultar uma amiga licenciada em História para continuar a argumentar que determinada rainha, esposa de Henrique VIII, era Portuguesa. A tal amiga confirmou e o indivíduo continuou ainda mais convencido da portugalidade de D. Catarina de Aragão. Mais, as pessoas que estavam à sua volta alinharam na mesma versão, ainda que nenhum fosse licenciado em História, como a tal amiga.

Às tantas, até eu, que tinha certeza que a rainha era filha dos Reis Católicos, portanto Espanhola, quase comecei a alimentar uma pequena incerteza… Por fim, consultadas as fontes mais actuais, não se verificou nenhuma descoberta de paternidade duvidosa, nem nenhuma gralha genealógica na árvore familiar da esposa #1 (de 6) do rei Inglês, pelo que finalmente tiveram todos que aceitar que nenhuma Portuguesa teve a infelicidade de ter desposado o famigerado Henry 8th.

Um histórico feliz Natal e um 2008 cheio de boas histórias.

17.12.06

Natalidade do Natal

É pacífico dizer que as origens da celebração do Natal são anteriores ao nascimento de Cristo. Um pouco por todo o mundo antigo, praticavam-se rituais pagãos ligados ao Solstício de Inverno, que mais tarde se fundiram com com a doutrina cristã da Natividade (= Natal).

Não será tão pacifica a aceitação da data 25 de Dezembro, como aquela em que Cristo teria nascido - mas é aceite que se convencionou ser essa a data, desde tempos remotos, ligada mais uma vez ao Solstício de Inverno. O nascimento de um Deus no mesmo dia em que se celebrava o Natalis Sol Invictus (qualquer coisa como "o dia do nascimento do Sol imperecivel") não era de desprezar; apenas resta dizer, que dada a diferença entre o Calendário Gregoriano e o Calendário Juliano, a data assinala-se a 7 de Janeiro nos países de tradição Ortodoxa.

Saturnália

A herança Romana deixou-nos outras semelhanças entre a festa Cristã e as folganças pagãs da Saturnália, um período de festejos, pequenas prendas e comes e bebes, que invariavelmente e à boa maneira Romana, acabava em excessos – ou não fosse este uma ocasião de excepção à regra e que coincidia com esta quadra, tendo início a 17 de Dezembro.

O Madeiro ou Tronco de Natal

De origem Nórdica, também relacionado com as celebrações de Inverno, o uso do Madeiro a arder durante a quadra natalícia ainda persiste em alguns pontos de Portugal.

Já as Fogueiras de Ano Novo parecem ter dado lugar aos Fogos de Artificio, que se tornaram verdadeiras atracções turísticas, no país e no estrangeiro.

Outras transições, de origem pagã, têm ocorrido nos tempos modernos, por influência Britânica e Americana.

Esta “secularização” das celebrações natalícias, conduziu à aceitação praticamente universal da festa, encarnada na figura do Pai Natal, nas arvores decoradas, e nas iluminações.

Festas Felizes!