Dia 1 de Fevereiro de 2007 completam-se 99 anos, desde que S.A.R. D. Carlos I e o Príncipe Herdeiro D. Luís Filipe foram assassinados, em público, na Praça do Comércio, perante os olhos da Rainha, esposa e mãe, que também viu o outro seu filho ser alvejado. Porém, o príncipe D. Manuel e a Monarquia sobreviveram ao ferimento; e “Rei Morto-Rei Posto” – o príncipe que não nasceu nem pediu para ser rei, veio a sê-lo, por mais dois anos, como D. Manuel II.Quase 100 depois, ainda não foi completamente assumido esse crime hediondo, que parece ter sido o molde de mais dois, também famosos – o assassínio do Arquiduque da Áustria-Hungria, poucos anos depois, em 1914 (evento que despoletou a 1ª Guerra Mundial); e o também ainda misterioso homicídio de John F. Kennedy.
Todos estes actos terroristas, radicalizados, têm em comum vários elementos, como sejam a mais alta figura do Estado ter perdido a vida de modo violento, enquanto se deslocavam num veiculo aberto, na companhia das esposas, em público e em tempo de paz.
Estes actos bárbaros tiveram consequências bastante negativas, logicamente e primeiramente para as vítimas, para as famílias, e posteriormente para os próprios países (ou ainda para além deles).
A situação do país, tanto em 1908 como em 2007, pode encontrar um certo paralelismo no seguinte extracto do poema Pátria, de Guerra Junqueiro - um autor que é conhecido também por não morrer de amores pela Monarquia:
«- Os políticos:
- A burguesia:
- O povo:
- A economia: «Perda de gente e perda de capital, autofagia colectiva, organismo vivendo e morrendo do parasitismo de si próprio.»
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