17.10.09
Novo Capitulo Na História de Colom(bo)
27.6.09
Dom Afonso, O 1º Português, 900 anos depois
Homenagem simbólica ao 1º Português, aquele que receberia o meu voto no “Grande Português” pela sua vida épica e a sua obra chamada Portugal, sem a qual nada do que conhecemos existiria como é hoje.
Fica ainda o apelo - deixem-se de burrocracias e abram o túmulo de D. Afonso Henriques à ciência!!! Até nisto somos dos mais atrasados...
Para informações adicionais sobre o Iº Rei de Portugal, ver mais abaixo neste blog.
Anotações pessoais sobre o vídeo:
0.01 min.
Acho que todos os Portugueses sabem que o estandarte de D. Afonso Henriques, e por conseguinte, o de Portugal, era uma cruz azul sobre fundo branco. O que já devem desconhecer é porque razão estas cores nacionais foram substituídas na bandeira actual. Volto ao assunto na nota sobre o minuto 1.18.
DATAS
1109 - Data do nascimento de D. Afonso Henriques, o local ainda é alvo de debate. O que interessa é que nasceu em Portugal.
1128 - Vitória das hostes de D. Afonso Henriques na Batalha do campo de São Mamede, junto ao castelo de Guimarães - a chamada 'Primeira Tarde Portuguesa'.
1148 – Por falta de espaço no vídeo, condensei vários acontecimentos que aconteceram até esta data, sendo os mais significativos a famosa Batalha de Ourique em 1139, o tratado de Zamora em 1143, e a Conquista de Lisboa em 1147/1148.
1179 - o Papa Alexandre III reconhece oficialmente Portugal como país independente, através da Bula Manifestis Probatum.
0.05’’
Conquistas mais importantes.
0.16’’
Mapa do Condado Portucalense, antes da acção de D. Afonso.
0.18''
A fronteira avança para lá do Mondego e no espaço de cerca de 20 cobre praticamente todo o Alentejo.
0.25’’
A espada erradamente atribuída ao rei fundador é anacrónica em relação às pesadas espadas e montantes que se usavam no Século XII.
1.18''
As históricas cores azul e branca, baseadas no escudo de Dom Afonso Henriques foram aprovadas nas Cortes Gerais da Nação em 1821.
Em 1911, sem consulta pública, as cores de Portugal foram substituidas pelas de um parido (Republicano), sendo actualmente o único exemplo no mundo em que a bandeira de um partido continua a representar um país. O outro exemplo, era a União Soviética...
1.20''
D. Afonso de Stª Maria, filho primogénito de D. Duarte de Bragança, descendentes de D. Afonso Henriques.
Tal como durante as cerimónias de Canonização de Nuno Alvares Pereira, os parentes vivos em linha mais directa destas figuras Históricas são "esquecidas" ou escondidas pelas "autoridades", com mal disfarçado constrangimento por ainda restarem descendentes dessa linhagem histórica, que tantas comemorações nacionais ainda motiva. Aliás, as únicas dignas de tal.
Nota Final
Em relação ao cavaleiro, simboliza não só Rei mas todos os Portugueses que lutaram e acrescentaram este país. Sendo D. Afonso Henriques o "Pai" da nação, achei por bem usar algumas imagens de arquivo do meu pai, a cavalo - não é um cavaleiro exímio, mas é fotogénico. :D
30.5.09
Conferência "Lugares Históricos" Prof. J.Hermano Saraiva
25.4.09
D. Nuno Alvares Pereira, Santo
10.10.08
De Colom a Colombo, Do Alentejo à América
5.7.08
Rumo
5.1.08
Centenário do Regícidio
23.12.07
A História, Essa Mal Amada
Muitas pessoas estão absolutamente desinformadas sobre a história de Portugal e misturam factos e lendas ou confundem e trocam parte dos dados. Mas quando, de forma pedagógica, se tenta corrigir os equívocos, as pessoas não aceitam que possam estar erradas.
Ainda há pouco tempo, alguém que tinha uma certeza inabalável numa inconsistência, até foi consultar uma amiga licenciada em História para continuar a argumentar que determinada rainha, esposa de Henrique VIII, era Portuguesa. A tal amiga confirmou e o indivíduo continuou ainda mais convencido da portugalidade de D. Catarina de Aragão. Mais, as pessoas que estavam à sua volta alinharam na mesma versão, ainda que nenhum fosse licenciado em História, como a tal amiga.
Às tantas, até eu, que tinha certeza que a rainha era filha dos Reis Católicos, portanto Espanhola, quase comecei a alimentar uma pequena incerteza…
Por fim, consultadas as fontes mais actuais, não se verificou nenhuma descoberta de paternidade duvidosa, nem nenhuma gralha genealógica na árvore familiar da esposa #1 (de 6) do rei Inglês, pelo que finalmente tiveram todos que aceitar que nenhuma Portuguesa teve a infelicidade de ter desposado o famigerado Henry 8th.
30.11.07
Conjura e Restauração de D. João IV
4.11.07
D. João VI
21.7.07
O 1º Português
Por muita lógica que uma "Ibéria" unida tivesse, não há lógica nem honra em desdenhar dos antepassados que nos deixaram um legado, do qual só nos podemos orgulhar, seja qual for a leitura que se faça destes mais de 800 anos de história. História essa que nem começa em D. Afonso I, mas ainda mais atrás, em Viriato e nos povos independentes, que resistiram enquanto puderam à conquista romana. Ainda hoje se discute se esse desejo latente de autodeterminação sobreviveu através das eras, com o reforço mais tarde, de uma identidade Sueva no Noroeste Peninsular... seja qual for o final da discussão, e aceitando-se que existiram também interesses mais mundanos por detrás da emancipação Portucalense, a verdade é que o filho do Conde D. Henrique prosseguiu um rumo já traçado e trilhado anteriormente, inclusive por seu pai; sublinhe-se que a ambição pessoal e a vã glória de mandar não são marcas associáveis a um rei que preferiu lutar a sua vida inteira, na conquista, na defesa e na consolidação de um território que "ofereceu" à Santa Sé. Diz-se que quando faleceu, deixou os cofres do novo estado bem cheios, coisa que não ocorre nos dias de hoje...
Mau grado a má reputação que algumas "más línguas históricas" fazem circular, D. Afonso Henriques, enquanto político e militar, foi um homem que serviu, sem se "servir" do país, mesmo contra o partido da mãe (não consta que tivesse batido em Dª Tareja - ou Teresa, embora a tenha mantido cativa, por força da guerra que os opunha) e fez disparar a velocidade da reconquista cristã para sul, ocupando-se igualmente do povoamento das terras recém-adquiridas, que na sua maioria, ficariam a fazer parte do novo reino, de maneira permanente. Não fosse o precalço de Badojoz, com o infurtúnio da sua queda do cavalo, caíram também as esperanças de termos hoje um território mais dilatado (mapa 1168). No entanto, à hora da sua morte (1185), deixou-nos muito mais terra do que a que recebeu dos seu antepassados, e mais do que isso, deixou um território com alicerces bem assentes para o futuro.
Corajoso, manhoso e inteligente, foi admirado (e muito temido) pelos adversários, ficando conhecido pelos mouros como Ibn Anrique (Filho de Henrique), apesar de se aventar também a hipótese de que não seria verdadeirament filho nem de D. Henrique nem de D. Tareja, porque esse teria nascido muito débil e incapaz de vir a ser o guerreiro e o lider que a história regista... (a lenda diz que o fiel aio Egas Moniz terá conseguido a recuperação milagrosa do infante em Cárquere, enquanto outros dizem que terá substituido o enfermo principe por um dos seus próprios filhos, o que explicaría a tal suposta agressão à "mãe" adoptiva e a dedicação extrema do "aio".) O primeiro rei foi também o monarca que mais anos reinou, tendo deixado uma herança e um exemplo difícil de igualar. Quantos puderem dizer o mesmo ou mostrar obra parecida, esses podem então censurar semelhante personagem da nossa história colectiva.
Já agora, se alguém é responsável pela ruptura da unidade ibérica, os culpados são os mouros que invadiram a península em 711...
15.7.07
Depois dos Tomates, as Espadas
4.7.07
Heróis, Espadas e Testosterona II
“Fica a saber (Suleimão Paxá, um eunuco turco que comandava um exército enorme, durante o 1º cerco de Diu, e que endereçou uma missiva insultuosa a António da Silveira, capitaneava uma guarnição de apenas 600 Portugueses) que aqui estão portugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António da Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos teus canhões e que todos os portugueses aqui têm tomates e não temem quem não os tenha!” in “Uma Curiosa Troca de Insultos” - "Homens, Espadas e Tomates".
Saudosos tempos estes, em que ainda havia tomates do tamanho de balas de canhão, agarrados a Portugueses. E dentes, porque em outra história de boa e fácil leitura, um soldadado Português, à falta de balas de mosquete, arrancou um dente e usou-o como munição...
Heróis, Espadas e Testosterona
Do ocidente ao oriente, o que mais impressiona é que a presença Portuguesa por terras alheias longínquas, foi sendo assegurada por um resumidíssimo punhado de homens, que, mau grado alguma superioridade na tecnologia do armamento, contou apenas com a sua coragem e o génio da gestão dos poucos contra os muitos – que para mais defendiam a sua terra e a sua religião…
Os Portugueses não defrontaram apenas indígenas “mal armados”; defrontaram exércitos numerosos e bem equipados de civilizações evoluídas e até um dos impérios mais poderosos e bem sucedidos do tempo – o Otomano – que tudo tentou para eliminar a presença Portuguesa da Ásia, a qual lhes veio estragar o monopólio do comércio das especiarias, que detinham até à abertura da rota do Cabo da Boa Esperança. Portugal, indirectamente, acabou também por contribuir para o abrandamento do ímpeto otomano na Europa de leste, salvando assim a Europa e iniciando a “idade de ouro” e de predominância da Europa, que duraria até a actualidade.
Enquanto assistimos às ficções de Hollywood, que na maioria dos épicos e filmes de acção nem tratam de figuras reais ou acontecimentos históricos, nem nos lembramos que temos muitos heróis, e alguns vilões, em histórias que dariam belíssimos filmes… porém, ainda que houvesse interesse, engenho e arte para passar tantos episódios épicos para a posteridade, nestes tempos do politicamente correcto e de tensão entre ocidente e oriente (como se viu com o filme “300”), seria sempre difícil avançar com um projecto semelhante, havendo em Portugal apenas um tímido exemplo, com o filme “Camões”…
9.6.07
O Código Da Vicente
António Salvador Marques é um desses homens, que não tenho a honra de conhecer. Mas o seu admirável trabalho merece ser mais conhecido e mesmo ensinado - uma impressionante investigação a um dos mais famosos simbolos artisticos portugueses - os Painéis de S. Vicente de Fora (Museu de arte Antiga), explica e corrige, de uma assentada, várias incongruências associadas a essa obra e à "imagem de marca" da figura que tem sido apontada como o Infante D.Henrique (siga o link apenas se é daqueles que gosta de saber o fim, antes de ver o filme).
António Salvador Marques vai de pista em pista, desmontando a enorme "charada" como ele lhe chama, sempre um passo à nossa frente, conduzindo-nos a surpreendentes descobertas e a ver o célebre políptico, literalmente com outros olhos. Concorde-se ou não com todas as intrepretações, somos convidados pelo autor a avaliar por nós próprios as respostas. E o que conta, não é afinal a viagem?
Para quem gosta de charadas e mistérios, não há necessidade de ir mais longe.